domingo, 27 de março de 2011

"FLASHBACK"

Quando, hoje, me sentei em frente ao ecrã, não sabia sequer, como começar. Porque, acabado de publicar o último de uma série de episódios a que chamei “POR AMOR”, um título tão cor de rosa, que ficaria bem numa telenovela da tarde da TVI, entrei naquele período vazio, em que me apetece parar e desistir. Não foi a primeira vez que passei por esta fase. Aliás, olhando de relance pela estrutura dos meus textos, desde o dia 13 de Outubro de 2010, e foram mais de 130 mensagens, encontrei textos dispersos onde foram evidentes os períodos de desânimo, de desassossego, de angústia, insónias e turbulência que, com alguma frequência, me assaltaram. Consegui resistir porque o meu amigo John Doe esteve sempre a meu lado. Ele sabe, eu sei, que parar e desistir, é morrer um pouco. Então, fui continuando a passar para o texto, as ideias que conseguia isolar, do emaranhado da minha cabeça. Quando comecei este “blog”, que foi o terceiro desde que me aventurei neste mundo de comunicação, estava a dar corpo ao resultado da luta entre eu e o outro. Também e principalmente, porque queria cumprir uma promessa. E foi então que inventei uma história simples, moldando-a de forma a ligar alguns dos poemas que li e continuo a ler. O valor dos textos é, inquestionavelmente, a força dos poemas, o resto é apenas um mero fio de ligação. E assim nasceu a história”O Carteiro que Gostava de Cartas de Amor”. Depois ganhei ânimo e ultrapassado um dos tais buracos negros, idealizei e escrevi “Uma História de Amores”. Senti-me bem, nunca perdendo o fio à meada, mas os episódios finais, passados em Nova Iorque, já foram escritos com muita dificuldade e com uma lágrima de raiva à mistura. Depois mais desânimo, mais textos encontrados em gavetas escondidas, uma tentativa de tentar por de pé um pequeno romance policial, aqui e ali um texto a dar umas bicadas e por fim a telenovela “Por Amor”. Aqui segui o mesmo caminho do primeiro conto. Escolhi canções de que gosto, e a história foi apenas, uma forma de as fazer entender. Nunca liguei muito ao que me diziam, bem algumas vezes, indiferença a maior parte e mal muitas. Mas hoje deu-me para clicar na opção, estatísticas, e fiquei surpreendido ao saber que desde o dia em que comecei, houve mais de mil visualizações de páginas. Descontados os amigos e família, sempre teve ter havido, em qualquer lugar, uma pessoa ou outra, que pelos menos percorreu os textos. Então isso diz que vale a pena continuar? Talvez, irei tentar. Até lá, deixo-vos com mais um vídeo a meu gosto. Espero que também seja do vosso agrado.

Barcelona (live) [Freddie Mercury] por vicken

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