sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

RECOMEÇAR?


Desde que coloquei o último texto, no dia 19 de Dezembro de 2012, coloquei a mim próprio a questão de continuar ou não a publicar neste blog.
O desalento ou o cansaço justificava o fim mas lá bem no fundo havia uma luzinha a indicar o caminho. Segue em frente, dizia eu nos momentos em que essa luz me acenava como um desafio.
E recomecei. Escrevi um, dois, seis, talvez mais textos, mas invariavelmente os meus olhos fixavam-se na tecla eliminar e com raiva carreguei.
Deixei passar mais algum tempo, e num caderno de apontamentos que raramente usara fui redigindo palavras descarregadas, alinhavando ideias, riscando aqui, reescrevendo mais à frente até que me perdi. A raiva e a falha de controlo das minhas emoções tornaram ilegível quase tudo o que garatujara.
E voltar ao computador foi uma decisão que demorei a tomar mas que era a única possível. Parar seria morrer um pouco.
E pronto, aqui estou eu, sangrando as lamúrias de uma vida da qual guardo recordações mas para a qual não auguro grande futuro.
E hoje mesmo aqui vai a primeira confusão. O retrato dos meus conflitos interiores e a lamúria que, bem sabemos, não leva a nada.

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