2 – AMOR
O fim que
António mais receava, aconteceu.
Ele que sempre desafiara a vida, que amara e sofrera,
caiu num poço sem fundo, sem esperança.
Na sua cabeça perpassava agora o medo de continuar
vivo. Queria tanto que a morte o libertasse mas já perdera a capacidade de
comunicar a sua vontade. Aquele caminho que escolhera¸ andar no lado errado,
iria ter o seu preço. Sofrer as dores sem um gemido, sem um sinal, sem um
grito, sem um pedido de ajuda.
Todavia, havia momentos, pequenos, em que sentia
que as memórias dos amores da sua vida, não se haviam apagado. E o primeiro
amor tinha um nome. Mas nada transparecia. Apenas o coração teimava em bater
com um ritmo mais forte.
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