1 - PORTUGAL
Nos
finais do ano 1928 Portugal, este País pobre, e não um pobre País, começou a
viver um longo período da sua história, onde sentiu as dores da esperança
perdida.
Tantos anos de uma governação de um só homem
que soubera moldar os seus mais fiéis servidores, criando algumas oportunidades
como prémio para esses e uma polícia política que se encarregava de prender,
torturar, matar e deportar para campos de concentração nas colonias, aqueles
que ousavam dizer não.
Foi
uma década de ilusão e os problemas da sociedade multiplicaram-se. Neste pobre
País sem esperança o caminho foi a partida para as américas, seguindo as
pisadas dos nossos antepassados. A emigração deixou muitas famílias
destroçadas, mães que tinham que criar os filhos alimentando-os com o que a
terra dava, enquanto os maridos regavam com o seu suor as terras, quase
virgens, do novo mundo.
E
os Portugueses que, séculos atrás, tinham indicado novos caminhos ao, voltaram
a embarcar no sonho de uma vida melhor.
Para
trás deixaram a esperança que se veio a tornar um pesadelo, com fome, exploração,
miséria e a guerra colonial que ceifara tantos jovens.
Acordaram
em Abril de 1974, o mês das flores e a revolução dos cravos.
Desse
período, talvez venha a encontrar nas minhas memórias histórias que, por terem
sido dolorosas, não consegui a distância suficiente para as contar.
2 - ESPANHA
2 - ESPANHA
Sem
esperança viviam também os nossos vizinhos, esquecidos pelo ditador que encheu
a Espanha de dor e lágrimas. Fora ele o chefe da guerra civil Espanhola,
comandando o massacre dos que pretendiam viver em democracia e defendiam a
república.
A
guerra civil Espanhola, com começou em 1936 foi, alguém disse e escreveu, a
última guerra romântica. Contra a barbárie dos chamados nacionalistas, vieram
juntar-se às forças republicanas milhares de sonhadores, de poetas e de
escritores.
E
será da guerra civil Espanhola que começarei a contar uma história envolvendo
heróis acidentais.
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