1 – A CIDADE QUE NUNCA DORME
A noite caiu de repente sobre a cidade, que
foi ficando prisoneira da luz que as janelas dos edifícios, marca indelével
duma cidade que, sobranceiramente, desafiava as leis da natureza.
A noite era
sinal de vida para a cidade que nunca dorme. Aqui e ali, uma estrela parecia
descer do céu, atraída, quem sabe, pelo fascínio que adivinhava.
Era assim,
neste duelo entre luz e sombras, que Pedro se deixava envolver. Afinal, estava
em Nova Iorque e tantas recordações!
Tanto tempo,
sussurrava com os olhos vidrados nos desenhos que numa outra noite, também num
final Outono, comtemplara abraçado ao amor de uma vida.
Pela primeira
vez, desde há muito tempo, deixou que as lágrimas lhe corressem pelo rosto. A
janela de um pequeno hotel em Brooklyn, era o espelho baço e sujo como suja
fora a sua vida. E, à memória voltaram os rancores, os medos, o fascínio duma
vida perigosa e apenas lhe deixaram dinheiro e remorsos e que ainda lhe
consumiam a alma.
Esteve de olhos fixados no céu e tremia quando testemunhava uma estrela cadente. Enquanto jovem gostava de vigiar as estrelas e no seu íntimo sonhava que, um dia, uma estrela errante o levaria, para desvendar os segredos do céu.
Ele perdera a estrela e perdera também o norte. Percorrera distâncias sem nunca ter a certeza que voltaria. Estava cansado, tão cansado que nem forças tinha para fechar os olhos apagando os seus sentimentos.
Esteve de olhos fixados no céu e tremia quando testemunhava uma estrela cadente. Enquanto jovem gostava de vigiar as estrelas e no seu íntimo sonhava que, um dia, uma estrela errante o levaria, para desvendar os segredos do céu.
Ele perdera a estrela e perdera também o norte. Percorrera distâncias sem nunca ter a certeza que voltaria. Estava cansado, tão cansado que nem forças tinha para fechar os olhos apagando os seus sentimentos.
Nova Iorque
fora o desabar dos seus raros momentos de felicidade. Tão poucos, apenas duas
semanas, numa vida!
Sem comentários:
Enviar um comentário