domingo, 29 de janeiro de 2012

EM DEFESA DO PRESIDENTE

 Nem eu próprio queria acreditar quando me aventurei a escrever uma mensagem de apoio ao nosso Presidente. Como já disse em outro escrito, nunca votei nele, não lhe devo favores pelo que a minha opinião é pessoal e apenas a mim diz respeito. É fácil verificar que o Dr. Cavaco Silva passou de elo mais forte para elo mais fraco, parodiando aquela estopada com que a RTP nos castiga e onde è suposto avaliar o conhecimento dos Portugueses. O Dr. Cavaco Silva nunca foi homem de palavras, já sabíamos disso e também sei, ou sabemos, que o seu nome foi utilizado pelos que na sombra cresceram comendo as migalhas do Cavaquismo até poderem, como actual Primeiro Ministro disse um dia aos seus camaradas, meterem a mão no pote. E esse momento acabou por chegar.

Antes porém, pedimos aos nossos credores que nos ajudassem a arrumar a casa, e a receita desses economistas de serviço sabe-se lá a quem, foi subscrita por quase toda a gente no espaço Parlamentar, exceptuando, como é óbvio, aqueles que estarão sempre do contra. E Cavaco Silva, abençoou o feito. Estava tudo a correr bem. Tínhamos um governo para abanar a cabeça, capitaneado por dois líderes carismáticos de reconhecido valor. O Passos Coelho saído da arca dos barões do PSD, depois do Ângelo Correia ter aberto a porta e o Portas arquitecto e da sua própria imagem, que passou de feirante a diplomata. Mas ironia do destino o homem que de facto assumiu o poder foi um recatado e pouco falador Ministro das Finanças, um seguidor de uma doutrina económica falida enquanto as massas eram controladas pelo Ministro da Propaganda, personagem cinzenta e que se movimenta junto dos fazedores de opinião que passaram a ter lugar cativo nos meios de informação.



O que parecia ser um grupo de pouca valia, aprenderam que o poder reside no controlo dos meios de informação. E por isso o Presidente, endeusado pelos seus seguidores, mas com anticorpos no seu partido, provavelmente por não ter repartido com equidade as benesses, resolveu falar e deu um tiro num pé. Argumentando com a falta de equidade na distribuição dos sacrifícios exigidos, Cavaco foi infeliz quando ilustrou uma situação tão evidente e real com a sua própria situação. Não deixou de ter razão, mas pior foi que abriu o caminho para a demagogia de que é exemplo o comentário venenoso do Passos Coelho.

 Cavaco já devia ter aprendido que não pode falar de improviso. Terá que pedir apoio à mulher, pois os assessores não me parecem grandes espingardas. O que tiver a dizer sobre a falta de sentido de justiça do Governo quando à austeridade da troika, deve fazê-lo com cuidado e medindo as palavras. Porque o que disse ofendeu os pobres, classe média incluída, desviando as atenções do Povo do que é realmente importante que é o projecto de empobrecimento dos 99% da maioria a favor dos 1% que detêm o poder económico e financeiro. Cavaco Silva teve razão mas mais valia ter ficado calado. Se os que o criticam pela sua alegada pobreza, lhe fizerem a pergunta de quais são os seus rendimentos reais, não invente, aprenda com o mestre Professor Marcelo.
Eu tentei transcrever a resposta do ilustre comunicador, mas a minha cabeça não deu para tanto e perdi-me. Fiquei contudo com a ideia de que o Professor também será um candidato ao subsídio de inserção social. Deixo o endereço onde poderá ouvir o brilhantismo e o uso da arte das palavras. Mestre é Mestre e há muita gente que o ouve com a veneração devida aos eleitos.
Eu também, quer dizer.
Marcelo responde às perguntas dos leitores
Professor aceitou o desafio de um leitor e disse quanto ganha

http://www.tvi24.iol.pt/noticia.html?id=1319342&div_id=5796
No fim, se tiverem percebido alguma coisa da trapalhada em que ele se meteu, eu prometo dar a mão à palmatória.
Prometo que o farei, ou eu não me chame Zé.



Sem comentários:

Enviar um comentário