segunda-feira, 30 de março de 2020

MAIS UM DIA

Hoje é domingo, dia de descanso  E AMANHÃ O DESCANSO VAI CONTINUAR, ATÉ…?

Ironia!

O  vírus que nasceu no Oriente, pensa-se logo na China, teve o seu efeito de contágio, infetando e

causando milhares de mortos,  e decidiu caminhar para Ocidente, seguindo a rota da sede.

E, a epidemia transformou-se numa pandemia pondo milhões de pessoas em risco.

Não respeitou fronteiras, atravessou oceanos e terminará onde? Ninguém sabe!

Na sua insidiosa estratégia, um vírus desconhecido, transforma-se num monstro que vai matar

 dezenas de milhares de pessoas.

Sem olhar à raça, ao estatuto social ou à riqueza de cada povo, o vírus assume-se como uma arma que

a Natureza alimentou para  cobrar  dos crimes de que tem sido vítima!

Penso eu, agora que vivo cada dia em casa, como se fosse o último, que o vírus será apenas o início duma tragédia com proporções que os Perclaros Políticos e os Doutos Banqueiros que dominam
o Mundo, nem eles se atrevem a calcular.

Enquanto aguardamos que a ciência  descubra a vacina, para enfrentar a pandemia, fiquemos em casa.

Ler, ouvir música é o que o bom senso aconselha. Ouvir as asneiras dos ignorantes Trump,

Bolsonaro, e afilhados e a perceber que a União Europeia é União desde que defenda uns e esqueça

 os outros, é tão perigoso quanto o COVID 19.

Para ganharem força oiçam este disco.

 

quinta-feira, 26 de março de 2020

A LISTA

Hoje estou vivendo o primeiro dia do resto da vida.

Não querendo enfrentar a pandemia que vai ceifando vidas por todo o mundo, refugio-me nas minhas recordações.
 E são tantas.

As recordações da família são um bem que nunca se esquece. As histórias que ouvi, o sofrimento que partilharei, as alegrias que foram dando cor a uma vida, intensamente vivida, o carinho que recebi e retribuí, são temas para guardar até ao fim.

Porque são sentimentos que se escondem  no mais profundo do meu ser, guardo-os e não esqueço.

Mas onde estão os amigos?
Aqueles que encontrei na guerra de África?
E os que foram companheiros, colaboradores no trabalho, que abracei em mais de trinta anos de vida numa Empresa que sempre nos manteve ligados?
E destes, ainda consigo recordar muitos mas, interrogo-me, serão assim tantos?

E desafiei-me a fazer uma lista.

E desisti. Os que já partiram, os que não vi mais, não me permitiram fazer a lista!

E então o desafio que um músico lançou ficou sem resposta.

Oiçam e façam a lista. Oxalá consigam!

 

terça-feira, 24 de março de 2020

DIAS DE SOLIDÃO



Quando se aproximava a Primavera, o destino fechou a porta e a solidão ocupou os dias.

Porquê?

-Terá sido o destino o comandante das forças ocultas que nos meteu na prisão? 

- Fomos nós que antecipamos o purgatório para a chegada do dia do Juízo Final?

Eu, assumo os meus erros e os crimes cometidos durante uma vida em que lutei e que tomei a

liberdade de sonhar. Sou culpado porque esqueci que a liberdade tem um custo.





                                        ADEUS

                            (EM JEITO DE POEMA)

                            

                         Fui guardador dos sonhos, que sonhei

                                    E dos momentos que vivi.

                                    Guardei memória do que amei

                                    Escondi lágrimas pelo que perdi.

 

                                    Fui guardador de estrelas, que contei

                                    Nas noites quentes em que não dormi.

                                    Lembro os desgostos que calei

                                    E dor, pelos dias felizes, que esqueci.

 

                                    Fui memória de histórias, que inventei,

                                    Autor de poemas, que não escrevi.

                                    Fui quase tudo o que não esperei ser

                                    Nuvem, miragem e em tudo me perdi.

 

                                    Sou lembrança do passado, do presente

                                    Andarilho dos caminhos, que percorri.

                                    Cerrei os punhos pela dor pungente

                                    Que me dilacerou, mas a que não fugi.

 

                                    Fui o princípio, o meio … e o fim

                                    Filho do sol e da lua, nascido da terra

                                    Feito de um pó tão fino, que o vento levou

                                    Parto desfeito ao ter perdido a guerra.