Quando se aproximava a Primavera, o destino fechou a porta e a solidão ocupou os dias.
Porquê?
-Terá sido o destino o comandante das forças ocultas que nos meteu na prisão?
- Fomos nós que antecipamos o purgatório para a chegada do dia do Juízo Final?
Eu, assumo os meus erros e os crimes cometidos durante uma vida em que lutei e que tomei a
liberdade de sonhar. Sou culpado porque esqueci que a liberdade tem um custo.
ADEUS
(EM JEITO DE POEMA)
Fui
guardador dos sonhos, que sonhei
E dos
momentos que vivi.
Guardei
memória do que amei
Escondi
lágrimas pelo que perdi.
Fui
guardador de estrelas, que contei
Nas noites
quentes em que não dormi.
Lembro os
desgostos que calei
E dor, pelos
dias felizes, que esqueci.
Fui memória
de histórias, que inventei,
Autor de
poemas, que não escrevi.
Fui quase
tudo o que não esperei ser
Nuvem, miragem
e em tudo me perdi.
Sou
lembrança do passado, do presente
Andarilho
dos caminhos, que percorri.
Cerrei os
punhos pela dor pungente
Que me
dilacerou, mas a que não fugi.
Fui o
princípio, o meio … e o fim
Filho do sol
e da lua, nascido da terra
Feito de um
pó tão fino, que o vento levou
Parto desfeito
ao ter perdido a guerra.
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