quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

OS CRIMES DO X




8º. Episódio

Sexta-feira, 13 de Novembro de 2009 – 10 Horas

Os três investigadores chegaram ao local do crime. A Polícia tinha estabelecido um cordão de segurança à volta do prédio de oito andares, situado num cruzamento entre dois ruas de muito movimento.
O Subchefe Coelho da PSP, oficial que tinha comandado as operações, informou que tinha isolado o oitavo andar, o elevador B, e também o monta-cargas, que assinalou como ascensor C que tinha, aliás, acesso pela garagem. Por enquanto os inquilinos só podiam utilizar o elevador A.
O Inspector Monteiro convida o subchefe a seguir com eles no elevador A.
- Mas, virando-se para o Frederico decide: -Vais fazer o percurso pelas escadas desde a garagem até ao oitavo andar. É o mais novo e tens muita perspicácia aos detalhes. E pode ser um detalhe o que no ajudará a entender como tudo aconteceu.
Enquanto subiam no ascensor A, o Subchefe Coelho confirmou que a vítima tinha sido estrangulada no 8º piso, na zona de acesso do ascensor de serviço. Foi apanhado mesmo à porta de casa.
Chegados ao local, os inspectores reconheceram o cenário. A vítima estrangulada por garrote. Mas desta vez houvera resistência, e os arranhões na porta eram prova. Olha Figueiredo, só o garrote não chegou para o matar. Olha as marcas feita por instrumento cortante no abdómen, ele foi esfaqueado duas ou três vezes. Por isso o sangue que escorreu para as escadas. Desta vez o alvo, não foi escolhido por acaso.
E porque não ter sido um homicídio e por outras razões? Alguém pode ter imitado os casos conhecidos, que até foram assunto de notícias, pergunta Figueiredo?
Repara que até que o X está marcado com mais força e temos de comparar o bilhete, caído junto do cadáver. Não me admiraria se as letras não tivessem sido escritas do mesmo modo.
Entretanto, Frederico chegou ao patamar, informando que não encontrara de suspeito. Não tenhamos dúvidas, o criminoso conhecia o prédio, utilizou o ascensor C para subir e para descer. O elevador foi vistoriado e tiradas impressões digitais, mas, é o mais certo é só encontramos dos moradores, concluiu.
Frederico na tua opinião foi o elevador de serviço a porta de entrada e de saída. E os outros ascensores?
Quanto aqui cheguei, chamado pelo inquilino do 7º. E, que foi em quem encontrou o corpo, pude confirmar: O elevador B estava avariado e parado no sexto piso, o monta-cargas, elevador C, estava imobilizado no 8º. Piso, com o botão desligado
Eu ouvi um dos inquilinos, que deixou o carro na garagem cerca das 3 horas da manhã. O elevador não funcionava, teve de subir ao r/c para apanhar o aparelho para subir ao quinto piso, onde mora. Só o elevador A funcionou, esclareceu o Subchefe da PSP.
Tudo bate certo, conclui Monteiro. Vejam que a saída do elevador A fica mesmo na esquina que dá para o monta-cargas. Eles, tiverem de ser mais do que um, estavam ali escondidos e apanharam a vítima pelas costas.
Desceram e Monteiro, virando-se para o Subchefe Coelho, diz:
– Claro que os vizinhos não se aperceberam de nada?
Não Inspector. Mas ali no bloco em frente mora um casal de meia-idade e o marido sofre de insónias pelo que passa muito tempo à janela. Ele disse-me que por volta das 5 da manhã viu parar um carro à porta do nº. 86. O motor ficou a trabalhar e saíram duas pessoas até à porta de entrada. Depois uma entrou a outra voltou ao carro e arrancaram.
E assegura que este movimento era frequente, já o vira muitas vezes.
Pelos vistos o que ele viu foi a vítima e os guarda-costas.
Figueiredo, vocês riram-se do pressentimento, e aqui está ele. Numa sexta-feira 13, e pior que isso, o avolumar das dúvidas, ou talvez não?
Confirmem os dados sobre a vítima e à tarde falamos no gabinete.
Estão aqui os jornalistas, mas não há comentários da nossa parte.

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