quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

OS CRIMES DO X






Epílogo

Alguém que tem por hábito ler o que eu publico neste blog, chamou a atenção para o último capítulo da história, pretensamente policial, a que chamei os Crimes do X.
“Dizia, e passo a citar, “Consegue surpreender porque eu esperava que fossem encontrados os culpados e afinal não, isto é, fica em aberto.”
Devo explicações.
-Começo por lembrar que, neste nosso País, encontrar culpados vai sendo cada vez mais raro;
- Depois, porque pensei todo o texto a pensar na consumação de um crime perfeito, e queria que o Inspector terminasse a sua carreira, vergado ao peso do insucesso, ele que aprendera, “não haver crimes perfeitos mas sim investigadores incompetentes”.
- De qualquer modo deixei no último parágrafo, a promessa que a mulher que ele conhecera e por quem se sentia atraído, lhe contaria o resto da história.
Eu quis deixar em aberto a dúvida. Pensava na mulher misteriosa e o seu encontro com o homem vencido, para protagonizarem um final diferente. Porém, decidi ficar por ali, continuar seria como copiar a técnica de uma telenovela, e isso eu não queria fazer.
Afinal, sempre podem existir e existem crimes perfeitos, mesmo quando, como neste caso, o Polícia julgava conhecer os responsáveis. Mas com planeamento cuidado e a inteligência dos executores, dificilmente seriam constituídos suspeitos, a não ser que tivesse cometido um erro.
O final prometido no telefonema e convite que a mulher que se apresentou como Mariana, depois Luciana e finalmente Clara, iria contar a Inspector, seria, apenas, a confirmação de que os alvos dos caçadores tinham sido abatidos. Um à entrada em casa, o terceiro crime, o outro desaparecido misteriosamente, talvez enterrado num qualquer local. Os dois primeiros crimes tinham sido cometidos, premeditadamente e só, para fazerem parte do cenário.
O Inspector, fascinado pela mulher misteriosa, facilmente aceitaria a explicação. Tudo era compreensível e o prometedor olhar da mulher, era agora mais importante para ele.
Pronto, espero ter clarificado os “Crimes do X”.
Ou será que não?
Esta agora, fui eu que fiquei na dúvida! Não podia ter havido outros envolvidos? Como é que a mulher misteriosa sabia de tudo?
Querem ver, também eu fui enganado!

Sem comentários:

Enviar um comentário